Trump: "Não vamos continuar perdendo US$ 1 tri pelo privilégio de comprar lápis da China"
Presidente diz que não tem interesse em negociar com outros países sobre as novas tarifas, a menos que eles estejam dispostos a resolver o "problema do déficit"
O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu na noite deste domingo o que chama de "tarifas retaliatórias" e afirmou que os Estados Unidos não continuarão "perdendo US$ 1 trilhão pelo privilégio de comprar lápis da China".
Citando o país asiático, principal alvo de sua estratégia protecionista, e a União Europeia, ele disse que não tem interesse em negociar as taxas impostas em sua nova política tarifária, a menos que as nações estejam dispostas a resolver o “problema do déficit” comercial que os EUA acumula. Ou seja, abrir seus mercados para produtos americanos baixando tarifas.
Trump falou a repórteres a bordo do avião presidencial, o Air Force One. Segundo o canal americano NewsNation, ele argumentou que o déficit americano "a de bilhões por país", mas alcança a casa de "um trilhão" com a China.
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— Nós precisamos resolver nosso déficit comercial com a China, perdemos centenas de bilhões de dólares por ano com eles. E, a menos que resolvamos isso, não vou fechar um acordo — afirmou Trump. — Agora, eu estou disposto a fechar um acordo com a China, mas eles precisam resolver o superávit deles.
Pelas novas taxas anunciadas pela Casa Branca no último dia 2, a China terá produtos sobretaxados em 34% nos EUA. Pequim retaliou imediatamente, impondo tarifas de iguais 34% sobre produtos americanos. Além disso, o governo de Xi Jinping afirmou neste domingo que tem margem para reduzir custos de empréstimos e exigências de reservas para bancos, caso necessário, para proteger sua economia.
— Eles têm que pagar tarifas, porque, do contrário, esse superávit que eles têm conosco é insustentável. E estamos falando de um trilhão de dólares. Não vamos continuar perdendo um trilhão de dólares pelo privilégio de comprar lápis da China — disse Trump.
Citando a União Europeia e outros países, o presidente americano afirmou que quer resolver "o problema do déficit" e está aberto a dialogar:
— Eles vão ter que resolver isso. E, se quiserem conversar sobre isso, estou aberto a dialogar. Mas, fora isso, por que eu conversaria?